terça-feira, 23 de agosto de 2011

 
 
 
 
E eu que nasci manuscrita a gravetos.
grafada na cor urucum que escolhi.
contra todas as outras que me empalideciam.
sou essa sensibilidade exposta...
lambendo a palavra por dentro do fogo.
lapidando meu texto na pedra ilegível.
em nu tão explícito ilícito e cru.
escrevo a ver se renasço selvagem.
tornando-me fêmea saida de um grito.
 

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Em segredo...



Em segredo me dispo das palavras que atormentam minha alma.
Espalho-as nas folhas brancas de uma vida que é a minha.
Faço delas emoções sentidas ao acaso das horas
Sensações suaves em minha alma…

Em segredo me revelo tal como sou… alma mar…alma fogo!
Sorrisos e lágrimas, alegrias e dores, sonhos e realidade.
Tempestades que nascem do nada …
E paz de uma alma tranquila…

Em segredo me dou…e em segredo me reencontro…
Não sei quem sou e sou tudo aquilo que sou.
Difícil de entender? Mais difícil é definir…
Sou eu apenas…em segredo…

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O manto da saudade...

  
 A lua esconde-se e sopra um vento gelado,
mas afinal... nada mais é que a saudade,
que num vazio sentido, fere minha alma...

Subjugada por uma ausência sentida,
liberto-me nas palavras... suaves, amantes...
e voo através do tempo e da distância...

Sob os efeitos narcóticos da saudade,
tive a ilusão do esquecimento,
mas de nada valeu...

Dispo os sonhos que me afogaram,
mas permaneço envolta nos fragmentos de um manto,
gelado... mas que me cobriu a vida...

Lua

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Perdida no teu aroma...


 Moldo-te… desenho-te!
Deixo-me cair no abismo de mim…
Entre as paredes da minha oblacção
Entre os espaços esguios das minhas mãos errantes,
Que bailam ao sabor dos teus beijos… mortais,
Indeléveis, fatais, em tons de carmim
Que caiem como fragmentos suspensos do passado
Rodeias-me de palavras inocentes, num círculo vicioso, atónito
De conjugações profanas, num tormento sem (ar)rasto
Presa entre as correntes dos devaneios infligidos pela ternura
Dos sacrilégios invulgares provocados no sagrado altar
Do teu corpo, onde os meus dedos cometem pecados
Como fantasmas ancorando num porto sem destino,
De um qualquer universo perdido no ar que respiro (s)em ti!
Transfiguro a matéria viva do meu ser
Esse vulto (im)perfeito, incrustado no meu pensamento
Na luz dos teus olhos, brilhantes, iluminados
Desvirtuando a realidade perfeita onde te vestes de mim
O sangue fervilha-me na carne quente, sedenta, lasciva
Dessa maldição enviada pelos Titãs do Olimpo
Tornas-te na bebida mais doce, o mel onde me besunto
Doce tentação, louvor da minha alma
(im)pura, que se (re)veste de segredos e fantasias
Adocicadas pela impiedosa inocência
Desta queda (in)certa dos prazeres oferecidos
Adormeço em ti!


jm-justme.blogspot.com

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

My Soul...

"Minha vida é um todo indivisível, e todas as minhas atitudes
encontram-se umas com as outras; e todas elas se elevam no
meu amor insaciável pela humanidade."

Mahatma Gandhi  


Navegante de águas calmas...
Percorro ladrilhos incertos na fantasia do ser...
Minha alma como um espelho de água...
Numa atracção pelo desconhecido na obscuridade dos contrastes...