sábado, 3 de setembro de 2011

Teu nome grafado á Henna!


 Em certas partes da pele
Maquio-me de negrume nanquim
da ponta da pena respinga o breu
pigmenta-se a noite em mim

Á negra henna rimel me rendo
Renda bordada em pelo cetim
E quando auroreia a alva epiderme
Sou alvo da flecha em fogo, estopim

Sol só acende quando a seta me prenda
Acena certeira, peito aflora em carmim
vin(doura) d'um arco de aequeiro Arcanjo
Que me cora, colore, e me crava em marfim

Afina-me, rima-me, ronda-me, renda-me
Linhas desenhos desalinhos enfim
Em seu peito, meu rubro alinhado é que sente

O quanto nasci a ser sua assim.

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